O meu compadre e grande amigo Monsenhor Ascânio Brandão, no meu entender um dos luminares da Igreja Apostólica Romana, pároco da Paróquia de São Dimas, em São José dos Campos, era um homem extraordinário. Desprovido de todo e qualquer preconceito, simples, humilde, embora possuidor de grande capacidade.
Para demonstrar a simplicidade do caipira do interior, a maneira inocente como procuram dizer as coisas, contava o seguinte.
Um caipira estava encarregado de construir uma capela na cidadezinha onde morava. Chegou para o padre, informando:
- Seu padre, a capela está pronta, agora o diabo é o santo.
Naturalmente desejava falar da dificuldade que teria para conseguir a imagem do santo a ser venerado.
Em outra oportunidade foi chamado por um amigo, caboclo do interior, que veio para pedir que ele fosse até a sua casa para dar a extrema-unção e também a comunhão à sua mulher, que estava passando mal. Era madrugada, mas o padre o atendeu com toda solicitude e começou a arrumar o material que tinha que levar. A certa altura perguntou ao matuto:
- Ela vomita ?
Resposta imediata do homem:
- Não, seu padre, não é muito bonita não, mas até que dá pra quebrar um galho...
- Meu amigo, retrucou o padre, eu perguntei se a sua mulher vomita, pois em caso afirmativo não poderá comungar. A mim não interessa saber se a sua mulher é bonita ou feia, disse o padre.
É por essas e outras que muita gente sai falando por aí mal dos padres, muitas vezes sem razão alguma.
É preciso ter mais cuidado nas respostas...
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