Esta vida é mesmo interessante. Existem certos fatos no dia-a-dia das pessoas, alguns até tristes, que provocam na gente reação contrária. Ao invés de chorar, dá vontade é de rir. Já observaram isto?
Pois é. O nosso querido Balsas então é especialista em casos como este.
Conheci um cidadão acolá, cujo nome eu não vou declinar, para evitar ferir suscetibilidades. Não é este o meu propósito, mesmo por que o nome não interessa. O que vale mesmo é o caso.
A verdade é que o “cabra” estava numa maré de azar que dava gosto. Nada dava certo. Meninada doente, dinheiro pouco, mulher encrencando por pouco mais ou nada. A coisa estava insustentável.
Realizava-se o festejo de Santo Antônio, barracas pra todo lado e nesse dia o homem estava disposto a tirar o azar.
Dirigiu-se até a barraca da roleta, meteu a mão no bolso e disse até com um pouco de raiva:
- Amigo, bota aí 10 tostões em cada um dos 25 bichos. Eu quero é ver se esta desgraça hoje não sai de cima de mim.
Não foi nada não. O banqueiro girando a roleta e com aquele “leriado” de jogador dizia:
- Façam o jogo. O jogo e a obra, o calango atrás da cobra, adivinhação da donzela Teodora. Ganha quem está feliz e perde quem está caipora.
E haja dinheiro caindo na banca. A expectativa era geral, mormente por parte de nosso amigo que jamais esperava perder. Como, se tinha jogado nos 25 bichos?
Pois a desgraça é assim: o diabo quando não vem manda o secretário. Quando a roleta parou ouviu-se o dono da banca anunciar:
- Deu meia-lua, ninguém ganhou, é da casa!
A meia-lua é justamente um prego que fica entre o número 1 e o 25, para separar os números dos bichos.
Nessa noite Balsas “faltou pouco para virar”.
Dizem que o nosso amigo saiu “pulando que nem bode embarcado”.
Era azar para duzentos anos... E quando é assim “não tem jeito que dê jeito”.
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