O radioamadorismo é sem dúvida uma das atividades mais gratificantes que pode existir, principalmente para pessoas aposentadas como eu, que dispõem de bastante tempo e gostam de fazer amizades.
Em pouco tempo a gente adquire bons amigos, a maioria dos quais nem chegamos a conhecer pessoalmente, só através dos contatos pelo rádio.
Os radioamadores falam todo dia, tratam dos mais variados assuntos, prestam pequenos e até grandes favores e no entanto não se conhecem pessoalmente, são pessoas completamente estranhas no contato direto.
É muito comum entre os colegas radioamadores o “trote”, reservado para quando a gente se encontra pela primeira vez. Geralmente no primeiro contato pessoal a gente se apresenta com a identidade inteiramente diferente, com a intenção de confundir o colega. Minutos depois se esclarece tudo, ficando apenas a gozação que serve para comentários de toda ordem.
Tenho um amigo chamado Expedito Almeida, que reside na cidade de Monsenhor Tabosa, na Serra das Matas, como ele mesmo diz quando se identifica pelo rádio. Não o conheço pessoalmente, mas já nos consideramos bons amigos. Ele comanda uma “rodada” chamada “Rodada Chapéu de Couro”, que vai ao ar depois de outra rodada chamada “Cafezinho da Manhã”. Esta rodada fala muito das coisas do sertão’, é uma rodada “matuta” como diz o seu “Comandante” Expedito.
Pois bem, no dia do terceiro aniversário de nossa Rodada Chapéu de Couro fiz esses insignificantes versinhos e os mandei para o meu amigo Expedito Almeida, como sendo a minha homenagem pelo evento.
É esse velho matuto metido à besta, querendo ser poeta.
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