Antônio Carlos Barreto, advogado, poeta, escritor, é sobretudo um homem de fibra, um incansável trabalhador. Durante toda a sua vida tem passado por momentos difíceis, demonstrando sempre com muita coragem e força de vontade em todas as ocasiões. No período dos governos militares sofreu tremenda injustiça, perdendo o emprego público que exercia, antes mesmo da apuração dos fatos de que o acusavam. Não se abateu, encarou a situação com coragem e conseguiu vencer.
Tenho-o na conta de verdadeiro amigo há mais de cinqüenta anos, tempo suficiente para falar com absoluta convicção sobre a sua personalidade e o seu caráter. Jamais o vi triste ou se lamentando, mesmo no transcurso de grandes procelas de sua vida. Todas as vezes que nos encontramos têm sido motivo de grande alegria para mim.
Grande admirador da poesia nordestina, não perde a oportunidade de promover “cantorias”, com os mais afamados cantadores do nordeste. Em nossa casa mesmo já organizamos algumas que obtiveram completo êxito.
Antes do livro “Os Bichos e Nós”, no qual retrata em sonetos todos os bichos conhecidos, acaba de lançar agora outro livro - O Dossiê do Fonseca”, sobre a vida do grande cantador piauiense Domingos Fonseca, de quem somos admiradores.
Uma certa ocasião precisou de mim para resolver um pequeno caso na Cooperativa da Construção, da qual eu era o contador na época. Como a solução que eu encontrei foi melhor do que a proposta por ele feita saiu-se com esta:
- Mestre Alberto, você é um amigo que a gente deveria matar.
Meio espantado, perguntei:
- Matar pra que, Barreto?, ao que respondeu de imediato:
- Para ir logo para o céu.
Tempos depois me escreveu uma carta em versos, sobre o mesmo assunto, a qual transcreverei para que outras pessoas tomem conhecimento da mesma no futuro:
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