Como sabemos, todos os campeonatos de futebol em Fortaleza terminam quase sempre em grandes disputas entre os times do Ceará e o Fortaleza. A rivalidade é tremenda. E não podia ser diferente, pois tudo seria muito enfadonho. Esses dois times são os maiores, não há dúvidas.
Num desses anos aí, o Ceará preparou um grande time, uma equipe que fazia inveja a todo mundo. O seu dinâmico presidente, Franzé Morais, que inegavelmente possui excepcionais qualidades para dirigente, passou o ano todo proclamando as vantagens de seu time, a potencialidade daquilo que ele considerava um “baú”, referindo-se à torcida alvinegra, por ser esse o grande suporte financeiro de todas as empreitadas do Clube. Grandes contratações, grandes “bichos” etc.
Acontece que por uma dessas desgraças que sempre acontecem no futebol, o Ceará perdeu o campeonato. Ninguém esperava um fracasso desses, naquele ano. Foi gozação pra todo lado, e eu, na qualidade de torcedor do Fortaleza - o “Leão do Pici” , o “Leão do Parque” dos campeonatos, o “Leão de Aço” e tantos outros títulos que a imprensa e os torcedores lhe atribuem, tomei a liberdade de fazer essa paródia, para mexer também com os nervos da maior torcida do Estado, que indiscutivelmente é a do “Vovô” (Ceará Sporting Club), como carinhosamente lhe chamam seus adeptos, por ser o mais antigo da cidade.
É tudo brincadeira, coisas do futebol.
A seguir então transcrevo a paródia mencionada.
Paródia do Poema “JOSÉ”, de Carlos Drummond de Andrade
E agora Franzé?
O jogo acabou,
O povão se lascou
O time sumiu, você de abriu.
E agora Franzé ?
Você que é fobista,
Que grita na pista
Que é campeão,
Que é valentão,
Que surra, que vence,
É preciso que pense....
E agora Franzé ?
O baú vai secar,
O timão vai voltar
pra Guaramiranga
Chupando u’a manga?
O mundo girando,
Você se virando,
Arrependido - talvez
Daquilo que fez
E agora Franzé ?
Com a bandeira enrolada,
Não adianta mais nada,
Terminou a jornada.
Quer dizer que venceu,
Mas você já perdeu,
Desejava ganhar,
Mas só fez se lascar.
E agora Franzé ?
Se você berrasse,
Se você gritasse,
Se estrebuchasse,
Será que adianta?
O jogo acabou,
Você se lascou,
E agora Franzé ?
A sorte que dá
É a mesma que tira,
O time que ganha,
É o mesmo que apanha.
Por isso lhe digo,
Meu grande amigo:
O orgulho se abate,
O cão que late
Não morde o inimigo.
E agora Franzé ?
O “Leão” não morreu,
Apenas sofreu
Uma grande traição
De um “Tubarão”.
Mas a fibra não morre
A fama que corre
Não morre jamais,
É valente demais.
E agora Franzé ?
O circo fechou...
P palhaço calou,
O “Vovô” se lascou.
Lutar sem preguiça,
pra ver se a Justiça
Corrige esta falha
Que você na batalha
Lançou para o mal...
E agora Franzé ?
A vida não pára,
A luta prossegue,
A briga que segue
Não vai terminar.
A briga é de morte,
Traição não dá sorte.
O jogo leal
É o nosso ideal.
E agora Franzé ?
Sozinho no mundo,
No abalo profundo,
Da grande derrota,
Você faz a rota
De volta ao “Baú”
Com o dedo na boca
Gritando, chorando,
Fazendo chalaça,
Bebendo cachaça
E agora Franzé ?
Paródia do Poema “JOSÉ”, de Carlos Drummond de Andrade
E agora Franzé?
O jogo acabou,
O povão se lascou
O time sumiu, você de abriu.
E agora Franzé ?
Você que é fobista,
Que grita na pista
Que é campeão,
Que é valentão,
Que surra, que vence,
É preciso que pense....
E agora Franzé ?
O baú vai secar,
O timão vai voltar
pra Guaramiranga
Chupando u’a manga?
O mundo girando,
Você se virando,
Arrependido - talvez
Daquilo que fez
E agora Franzé ?
Com a bandeira enrolada,
Não adianta mais nada,
Terminou a jornada.
Quer dizer que venceu,
Mas você já perdeu,
Desejava ganhar,
Mas só fez se lascar.
E agora Franzé ?
Se você berrasse,
Se você gritasse,
Se estrebuchasse,
Será que adianta?
O jogo acabou,
Você se lascou,
E agora Franzé ?
A sorte que dá
É a mesma que tira,
O time que ganha,
É o mesmo que apanha.
Por isso lhe digo,
Meu grande amigo:
O orgulho se abate,
O cão que late
Não morde o inimigo.
E agora Franzé ?
O “Leão” não morreu,
Apenas sofreu
Uma grande traição
De um “Tubarão”.
Mas a fibra não morre
A fama que corre
Não morre jamais,
É valente demais.
E agora Franzé ?
O circo fechou...
P palhaço calou,
O “Vovô” se lascou.
Lutar sem preguiça,
pra ver se a Justiça
Corrige esta falha
Que você na batalha
Lançou para o mal...
E agora Franzé ?
A vida não pára,
A luta prossegue,
A briga que segue
Não vai terminar.
A briga é de morte,
Traição não dá sorte.
O jogo leal
É o nosso ideal.
E agora Franzé ?
Sozinho no mundo,
No abalo profundo,
Da grande derrota,
Você faz a rota
De volta ao “Baú”
Com o dedo na boca
Gritando, chorando,
Fazendo chalaça,
Bebendo cachaça
E agora Franzé ?
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