quarta-feira, 29 de junho de 2011

O “ARCANJO” MIGUEL


         A sua entrada para o seio da nossa família, deve ter sido alguma coisa de inspiração divina. Em todo o ser humano e o lado mau. Isto é claro e evidente, mas, acontece que neste cidadão que estou falando até agora ninguém descobriu o seu lado mau. Os seus defeitos, se é que existem, ainda não apareceram e temos  esperanças que não venham a surgir nunca.
         Mesmo quando debatendo temas polêmicos, em que a sua idéia é inteiramente contrária à minha, quando os nossos pensamentos entram em conflitos, mesmo aí a minha admiração por ele não diminuiu em nada, muito pelo contrário, de cada palestra que temos, mesmo em cantos opostos, no terreno das idéias, admiro conhecimentos úteis e salutares.
         Homem de vasta cultura, conhecedor profundo da Língua Portuguesa, a qual ensina com perfeição em nível universitário, sacerdote católico de grandes qualidades, embora temporariamente afastado em virtude do casamento, nem por isso afastou-se da Igreja, à qual continua servindo com extraordinário dedicação e desvelo, dentro dos limites que lhes permitem as leis canônicas.
         Bom filho, bom irmão, bom amigo, pai carinhoso e amigo, afirmo que pode se considerar muito feliz a família que consegue adquirir um elemento desse quilate. No transcurso da doença de minha Mãe, ele demonstrou mais uma vez as qualidades que estou proclamando, dando o carinho e o amor que ela tanto precisou nos seus últimos dias. Acho que nem um de nós, eu e meus irmãos, faria o que ele fez; é preciso confessar com toda sinceridade: a nossa formação é diferente, ele tem algo mais que nós não possuímos.
         Os seus pais devem ter sido iluminados quando escolheram o seu nome: Miguel Arcanjo Fernandes Brandão. Que Deus o ilumine e guarde para sempre, meu cunhado e irmão Miguel.

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