Outro dia estava ali parado, sem fazer nada, como é muito comum depois que me aposentei, e escrevi essas duas coisas que eu mesmo não sei o que são.
Alguns entendidos com quem conversei disseram que é poesia moderna: não precisa rima, nem métrica, nada. A gente escreve e quem quiser que procure interpretar a seu modo. Se gostarem, muito bem, eu agradeço. Se não gostarem e chegarem à conclusão que é uma tolice, que Deus me perdoe:
“Galos noites e quintais,
Não existem mais.
O que existe, e não se sabe até quando
É a força do Mal avançando e o Bem recuando.
O pior é que ninguém sabe até quando...
Passei a minha infância no Paraíso.
Era um verdadeiro paraíso, o Paraíso;
Mas não existia água no Paraíso
Há necessidade de água no Paraíso?”
E outro mais:
“A formiga quando quer se perder cria asas
Será que está acontecendo isto comigo?”.
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