Todas as vezes que se fala em crimes revoltantes em Balsas, logo vem à tona este, praticado contra a pessoa da “Josefa da Beirada”.
Era uma mulher pacata, vivia do seu pequeno comércio localizado na beira do rio, no porto chamado ‘Beirada”, daí o povo ter passado a lhe chamar assim. É um costume comum no interior. O apelido da criatura quase sempre está ligado ao lugar onde mora.
Um dia a cidade amanheceu em polvorosa. Movimento policial, corre-corre, comentários em todas as rodas. Naquele tempo a cidade era muito pequena. Um acontecimento desses era assunto para muitos dias.
- Mataram a Josefa, triste notícia que correu de boca em boca, todos lamentando o bárbaro crime. Mais um, para este rosário de crimes misteriosos que têm acontecido em nossa cidade. Crimes sem solução, que com o passar do tempo caem no esquecimento, prescrevem de acordo com a Lei e ficam por aí à espera da justiça divina.
Dizem que nesse caso da Josefa a polícia chegou a prender um suspeito. Um idiota qualquer que jamais confessou coisa alguma e depois foi solto por insuficiência de provas.
E o verdadeiro culpado? Bem, esse ninguém sabe, ninguém viu.
Mais um processo arquivado. Mais um criminoso impune.
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