quarta-feira, 29 de junho de 2011

JOCA REGO



         João Joca Rego da Costa Júnior, ou simplesmente “Professor Joca”. Eis um homem que pode e deve ser considerado um “monstro sagrado” no ensino maranhense. É hoje um símbolo em nossa terra, um nome definitivamente incorporado à história de Balsas. Está ligado ao nosso povo por laços que a força humana jamais poderá destruir.
         Educador emérito, adotou no Educandário Coelho Neto um sistema rígido de disciplina, do qual nunca se afastou, o qual foi aplicado à juventude balsense por muitos e muitos anos, com sabedoria e justiça.
         Chegou à Balsas ainda muito jovem, a convite da numerosa colônia árabe, que ali residia. A idéia inicial era a fundação de um colégio exclusivamente para os filhos dos que o convidaram. Foi impossível, diante dos insistentes apelos dos pais de muitos outros jovens, que também padeciam do mesmo problema. O colégio foi aberto ao público em geral. Em virtude dessa sábia decisão, a cidade ganhou esse “inestimável patrimônio” que foi o professor Joca.
         Orador de largos recursos, estilo franco, bombástico, corajoso, era sempre convidado a falar, principalmente quando se tratava de assunto político, que o empolgava bastante. Teve inúmeras oportunidades de se candidatar a prefeito, com amplas possibilidades de vitória, tendo rejeitado todas elas, para não abandonar a sua verdadeira missão de educador.
         Os seus ex-alunos estão hoje ligados a todas as profissões. Até governador de Estado, como foi o caso do Dr. Luís Rocha, que no exercício do mandato lhe prestou significativa homenagem.
         Era um idealista verdadeiro. Trabalhou a vida inteira sem visar lucro. Se quisesse poderia ter ficado rico. Nada disso, não quis acumular tesouros na terra. A sua riqueza está no coração dos balsenses.
         Professor Joca, desculpe a minha ignorância, sei que não tenho capacidade de escrever uma crônica à altura do seu merecimento.
         Aceite essa humilde homenagem, como prova da nossa amizade.

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