A covardia neste mundo existe em toda parte, até entre os animais há os que são valentes e que não recuam diante dos maiores perigos, como também os fracos e medrosos, incapazes de qualquer reação ante uma situação difícil.
Vem o caso do bem-te-vi, um pássaro relativamente pequeno, mas que enfrenta o poderoso gavião, que foge covardemente de seu ataque. Por que? É que o bem-te-vi não tem medo, parte para cima e sempre leva vantagem.
Em compensação existem outros que são uma verdadeira negação. Um amigo meu estava contando uma história que se passou no tempo em que os bichos falavam. Foi assim.
Em determinada floresta estava correndo o boato de que o leão, rei dos animais, estava furioso com todos os habitantes da selva, ameaçando acabar com tudo. Em face dessas conversas os animais se reuniram em uma grande assembléia para descobrir o que poderiam fazer para aplacar a raiva do rei. Descobriram que a única maneira era contar uma piada para o chefe, pois o mesmo gostava muito.
Muito bem, quem sabe contar piada por aí? Logo apareceu a raposa, que se ofereceu dizendo que sabia 300 piadas. Foi calorosamente aplaudida por todos e tudo ficou combinado – a raposa iria salvar a situação.
Quando chegou o dia da apresentação, logo pela manhã a nossa amiga foi informar ao macaco, que era o comandante da expedição, que tinha esquecido 150 piadas; tudo bem, com as restantes tudo ainda estaria resolvido. Partiram para o local do encontro e a raposa começou a fraquejar, dizendo que tinha esquecido mais 100 piadas. Mesmo assim continuaram a caminhada até chegar à toca do leão, quando nesse momento a covardia da raposa se manifestou de uma vez:
- Agora esqueci todas as piadas, deu um branco total!
Foi aí que o macaco surgiu para resolver o caso. Entrou sozinho e poucos minutos depois voltou abraçado com o rei dos animais, que demonstrava grande satisfação com o que acabara de ouvir. Foi uma admiração geral e aí a reportagem da floresta perguntou ao macaco que história tinha sido essa, que agradou tanto ao valentão.
O macaco, com aquele ar de vitorioso, respondeu:
- A história que contei para ele, foi essa da covardia da nossa amiga raposa.
Pronto, desse dia em diante reinou a paz na floresta.
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