segunda-feira, 4 de julho de 2011

AINDA SOBRE CANTORIAS


Em uma determinada cantoria, um dos contendores pediu para que o adversário descrevesse o resumo de sua vida. Ouviu o seguinte:

Valha-me Nossa Senhora
Mãe de Deus de Nazaré
A vaca mansa dá leite
A braba dá quando quer

Já fui barco, fui navio
E hoje sou escaler
Já fui linha de carrim
E hoje sou de carreté.

Já fui menino, hoje sou home
Só me falta ser muié.
Valha-me Nossa Senhora
Mãe de Deus de Nazaré.

A VIDA SEM LIBERDADE

Dizer que a vida é o bem maior,
Não corresponde à verdade.
A saúde e a liberdade  
Eu considero melhor.

Toda riqueza do mundo
Sem saúde e liberdade,
É falácia, é mentira, é inverdade,
É desespero, é desgosto profundo.

Todo o dia peço a Deus,
Para me levar de repente,
Quero chegar entre os seus,
Com saúde e bem contente.

Se conseguir esta graça,
Garanto que fico bem,
Eu só não quero a desgraça
De morrer no vai e vem.

ESTA NÃO É MINHA. SÓ PARA REGISTRAR

Quatro coisas eu queria
E hoje não quero mais:
Mulher chamada Maria
E homem chamado Brás,
Calça de bolso na bunda
E paletó rachado atrás.

Quem tiver sua filha virgem,
Não mande apanhar café:
Se for menina, vem moça
Se for moça

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