Nesse mundo velho de meu Deus existe o dia consagrado a todas as classes. Dia do Professor, Dia do Médico, Dia do Engenheiro, Dia das Mães, Dia dos Avós, enfim todos já tiveram a justa e merecida, mas, convenhamos, tudo isso é feito com finalidade puramente comercial, invenção dos capitalistas para aumentarem o lucro nas vendas.
Quando morre uma pessoa rica, logo aparecem aqueles puxa-sacos para lamentar, para chorar em volta do defunto, exaltar as suas qualidades, com essa história de que foi Jesus Cristo quem o levou, desejando que seu espírito esteja em bom lugar.
A morte de um pobrezinho serve é de gozação, não faltam aqueles maliciosos, com brincadeiras de mau gosto, dizendo que o coitado morreu de beber cachaça, quando, muitas vezes, o infeliz passou a vida inteira sem ingerir uma gota de álcool.
É uma tremenda injustiça que nós devemos lutar para acabar, um preconceito odioso que não deveria existir.
Tenho um amigo que me alertou sobre esse detalhe, para essa discriminação absurda. O Dia do Pobre é o dia da sua morte. Pode prestar atenção. Morre um pobre, vem logo essa história:
- É, chegou o dia dele...
Ora, meus amigos, então o Dia do Pobre é o dia em que ele passa para a melhor? Vamos acabar com isso, tratemos de arranjar uma data bonita para ser comemorada pelos pobres ainda em vida, assim como têm todas as categorias.
Está levantada a bandeira da misericórdia, sigam-me os que estiverem de acordo.
Salve o Dia dos Pobres!
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